Desde o célebre e expressionista "Nosferatu" de Murnau que muito se tem ficcionado sobre vampiros no cinema. É fácil pegar nos habituais clichês do próprio tema, que só por pelo seu cariz ambíguo de horror sensual é sempre uma fórmula apetecível. Como adepto de filmes de vampiros, confesso que vi muito lixo pelo caminho, com raras excepções. Mas o caminho trouxe-me aqui. É como aquele poema, que é a síntese de todos os poemas, que não nos sai da cabeça mas não sabemos expressá-lo. As palavras, essas, andam soltas, tal como as peças de um cubo mágico impossível de decifrar. Às vezes encontramos peças desse poema na beleza de uma música que alguém compôs há séculos atrás.
Este filme tem muitas peças de um poema que está para além de um filme de género. É uma obra de arte que deve ser vista para além da metáfora do sangue. Metáfora, aliás, jamais tão bem conseguida. Nunca o sangue foi tão belo com em “Låt den rätte komma in”, título que só por si deixa revelar o ponto de vista de Tomas Alfredson como criador. Original e majestoso, deixemo-lo entrar. É demasiadamente belo para não ser visto.
Este filme tem muitas peças de um poema que está para além de um filme de género. É uma obra de arte que deve ser vista para além da metáfora do sangue. Metáfora, aliás, jamais tão bem conseguida. Nunca o sangue foi tão belo com em “Låt den rätte komma in”, título que só por si deixa revelar o ponto de vista de Tomas Alfredson como criador. Original e majestoso, deixemo-lo entrar. É demasiadamente belo para não ser visto.
O cartaz promete....
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