a-chave-dicotómica

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Chegou a hora de fazer um balanço

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Prémios da crítica: 0

Objectivos para o próximo ano:
1º objectivo: Ultrapassar o número de seguidores do blogue "O Arrumadinho".
2º objectivo: Ultrapassar o número de seguidores do blogue "O Arrumadinho mais novo".
3º objectivo: Ultrapassar o número de seguidores do blogue "O Arrumadinho de Quinchaça".

sábado, 16 de maio de 2009

"Congratulations", featuring "Eremita inserto, ou um phd procrastinador"

Adaptámos um pouco a letra da célebre canção de Cliff Richard, esse senhor productor de vinho e adepto da IURDE, ao dia-a-dia de um bolseiro de doutoramento:

Versão original:
"Congratulations
And celebrations
When I tell everyone that you’re in love
With me,
Congratulations
And jubilations
I want the world to know I’m happy as can be."

Versão adaptada:
"Procrastination
And desperation
When everyone tell me I have one year left
Of my phd,
Procrastination
And consternation
When all those people shouting and pointing the finger is me."

O mestre da procrastinação

Há tempos um colega de projecto contou-me uma anedota relacionada com phd's. Foi então que lhe falei de Joge Cham. No mundo de bolseiros de doutoramento, que é já um mundo muito abrangente, Jorge Cham é uma referência incontornável.

Ele sofreu, a bom sofrer, de um mal comum a todos os doutorandos, esse terrível parasita que se infiltra e se apodera dos estados de ânimo de qualquer verde e incauto estudante de doutoramento. Não será o mal-branco que José Saramago designou no seu ensaio sobre a cegueira mas é um mal-fare-niente, a famosa e tão bem retratada por Jorge Cham, procrastinação.

Por vezes, também vemos tudo branco, o futuro, o fim do caminho. E na imensa dificuldade de sairmos do mar espesso da inércia, de enfrentar o gigante monstro que a cada dia se amontoa e se alimenta de todo o tempo que perdemos sem render, sem produzir, sem obter resultados, o que é que fazemos? Jogamos mahjong.

Mas é só um exemplo. Muitas são as fugas possíveis ao inevitável tempo que se encurta e quantidade de trabalho que se adensa. Mas por aqui me fico. O que interessa destacar é que a procrastinação é um mal transversal, um trait universal da classe "phd". Jorge Cham aplicou, e muito bem, os efeitos desse mal-fare-niente a fazer bandas desenhada que hoje têm projecção internacional, dentro da classe "phd" e não só. É que a procrastinação é uma "doença" que pode ser entendida por grande parte das pessoas.

Ironicamente, hoje Jorge Cham é conhecido, não pelo seu percurso científico, mas pela banda desenhada que foi durante anos o escape ao terrível monstro que se acumulava à sua espera, a sua tese de doutoramento. O cartoon que escolhi é apenas um exemplo de muitos.
PS: os blogues podem ser também uma bela fonte de procrastinação....

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Eis o que sempre pensei dos críticos de cinema do expresso


Quando ainda lia as críticas de cinema do expresso, não faço ideia como são hoje.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Grand rasgo filosofico-poético, composto por duas quadras e um dueto

Na vida, tal como numa chave dicotómica, seguimos um caminho feito de opções. Numa chave dicotómica, porém, fazemos boas ou más opções em cada bifurcação, no final só há uma espécie correcta.

Na vida já não é assim, a cada bifurcação, cada impasse, nem sempre há decisões correctas vs. incorrectas, apenas decisões que custam mais e que custam menos. A minha dica é, contra toda a lógica e lugares-comuns, decidir sempre pelo que custa menos.

Foi assim que vim parar akky
Por cima do leite Toddy

domingo, 10 de maio de 2009

Por falar em marcas


Está de regresso, e à venda em qualquer Continente. Mas não nos deixemos enganar, isto é mais um leite UCAL disfarçado.

Vasco Granja morreu

Morreu o pai da Pantera, vi-o esta semana pela televisão. Senti uma espécie de arrepio, como se tivesse recebido a notícia da morte de um parente próximo. É que Vasco Granja faz parte de quem eu sou, e de muitos da minha geração. Foi através dele que fizemos dos filmes de animação e da 9ª arte objectos de culto. Não terá sido o único responsável pela minha queda pela banda desenhada, mas acredito que tenho no meu imaginário o seu carimbo. Creio que Vasco Granja não teria hoje audiências, cada geração tem as suas referências, as suas marcas. Eu tenho a marca VG.

Assinalo com a partida de Vasco Granja o meu regresso à chave dicotómica. Sem prometer nada. É apenas uma extensão do meu quarto.