Há filmes de género. E, depois, há filmes de género que,
apesar de todos os clichés, têm no seu elenco Jessica Chastain.
Este “Mama” até começa bem, mostra potencial no campo onde os
filmes de terror podem oferecer algo mais interessante aos seus públicos. E que
é, na verdade, a exploração interior de um personagem, em paralelo com o
desenvolvimento mais ou menos “chapa 4” de um filme de horror estilo “haunted
house”. O crescimento e a transfiguração de um protagonista dentro da história,
cujos contornos sinistros o forçam a uma viagem de auto-superação e
auto-descoberta. Este protagonista, neste filme bem realizado mas longe de ser
genial, chama-se Annabel, personagem feminino, sólido, 3D, que começa numa
posição secundária e cresce para agarrar os freios da progressão dramática. Mas
este filme, que poderia evoluir para um interessante thriller tendo em conta o
que a personagem Annabel nos oferece, acaba por se perder num aborrecido e pouco
subtil filme de fantasmas animados, com um final que nem é thriller nem terror,
a lembrar um filme de Tim Burton. É pena.
Mas mais do que o filme, debruço-me sobre Jessica Chastain. A
primeira vez que a vi no ecrã foi em “The tree of life” e, depois disso, em
poucos outros filmes, “The help”, “Zero Dark Thirty”, “Take Shelter”. E agora
neste “Mama”. Poucos filmes em que a vi e, no entanto, a minha actriz favorita
do momento.
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