É capaz de ser, de todas, a minha pior psicose. Eu sobrevivo sem cinema, mas não vivo sem cinema.
Lembro-me que em Elvas havia um senhor que era o maior craque de matraquilhos que conhecíamos, embora muito raramente o vira a jogar. Pelo contrário, ele é que estava sempre especado a observar os jogos dos outros, fossem bons, maus, ou mesmo jogos de matraquilhos de péssima qualidade.
Não sei qual era a sua ocupação, mas tinha bastante tempo para estar no Nautilus a ver todos os jogos que lá se faziam. Muitas vezes íamos jogar matrecos durante os furos das aulas e ele lá estava, atento a todas as nossas jogadas.
Um dia alguém lhe perguntou como é que ele tinha paciência para observar os nossos jogos. Ele respondeu que não importava se os jogos eram bons ou maus, ele tinha é que ver matraquilhos.
Na altura vi nele uma espécie de filósofo, embora não tivesse atingido exactamente o que é que ele queria dizer.Lembro-me que em Elvas havia um senhor que era o maior craque de matraquilhos que conhecíamos, embora muito raramente o vira a jogar. Pelo contrário, ele é que estava sempre especado a observar os jogos dos outros, fossem bons, maus, ou mesmo jogos de matraquilhos de péssima qualidade.
Não sei qual era a sua ocupação, mas tinha bastante tempo para estar no Nautilus a ver todos os jogos que lá se faziam. Muitas vezes íamos jogar matrecos durante os furos das aulas e ele lá estava, atento a todas as nossas jogadas.
Um dia alguém lhe perguntou como é que ele tinha paciência para observar os nossos jogos. Ele respondeu que não importava se os jogos eram bons ou maus, ele tinha é que ver matraquilhos.
Mais tarde eu percebi que, bom ou mau, eu preciso é de viver num mundo com cinema. Que o mundo sem cinema não fazia sentido. De preferência, com bom cinema.
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