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sábado, 6 de novembro de 2010

"Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa"

Quando leio Álvaro de Campos, sou engolido por ele. Tudo o que em mim fervilha em preso reboliço, excreta-se nele.

Tudo o que em mim consiste, tudo o que em mim desconfio que existe, materializa-se nele.

Quando Leio Álvaro de Campos, algo em mim se transfigura.

Eu torno-me Álvaro de Campos. Fundo-me nele.

Ele que se dizia “vadio”, “isolado na alma”, tem esta que lhe pertence.

Tudo o resto, é social.

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