Não o vi na altura em que andava apaixonado pela Irene Jacob e principalmente pela sua interpretação no "Rouge", vi-o agora, "a dupla vida de Veronique". Um filme do mestre Krzysztof Kieślowski. Mais um filme difícil, (sono)lento, mas de grande interioridade. E, sobretudo, mais uma vez, estonteantemente belo. São traços artísticos deste realizador polaco, que nunca nos deixa levantar do sofá da sala do cinema, ou neste caso da cadeira do meu estúdio em Amesterdão, sem aquela sensação de quem assistiu a uma Obra, um poema, sob a forma de cinema.
Falando em países baixos, também não indiferente se fica à malha musical que sempre acompanha os filmes de Kieślowski, atrbuída a um suposto compositor holandês do século XVIII, de seu nome Van den Budenmayer, mas que não é mais que um personagem fictício inventado pelo realizador e o seu verdadeiro compositor, Zbigniew Preisner.
Particularmente bela, no filme, a cena das marionetes. Coisa magnífica. Numa palavra, Kieślowski. Goste-se ou não.
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